Primeiramente, eu queria pedir desculpas por sumir de vez
não só do blog, mas das redes sociais também. Teve muita gente que ficou
preocupada comigo. Vou contar uma pequena história pra ver se vocês me
desculpam.
Sabe a Hazel, de A Culpa é Das Estrelas? Que aliás, é meu
livro favorito de todos os tempos? Bom, assim que eu o li, quis ser igual à
Hazel. Quis mesmo, nem que eu tivesse que ter câncer pulmonar pra isso. Hazel é tão inteligente e independente que me
dá uma inveja (branca, porém) mortal. Outra coisa é que ela vive nostálgica e
melancólica, coisa que eu realmente amo no jeito dela de ser. Ela consegue ser
adoravelmente depressiva.
Se tem algo que eu achava muito curioso é que, sendo uma
paciente terminal, ela se desligou de todos e começou a viver apenas o seu
mundo. Lendo e indo pra o Grupo de Apoio e pra faculdade, o tempo inteiro. Ela
mal tinha contato com os colegas da antiga escola, muito menos pela internet.
Na verdade, o que eu achei mais curioso é que nas poucas vezes que ela tocou no
notebook dela, foram pra fazer pesquisas. O resto do tempo, só passava lendo e
ficando com os pais enquanto assistia a reality
shows.
Repito, queria ser como a Hazel. Pra pessoas como ela, a
internet é algo realmente desimportante, e eu queria que fosse assim pra mim
também. Foi aí que eu sumi. Me desculpem, mas pra mim, esse lugar tem muitos
lados bons, que me fazem muito alegre, mas outros que me deixam realmente
triste. Eu só escolhi me afastar.
Ultimamente eu andei me perguntando o porquê da minha existência.
Por muitas vezes, esse blog foi uma motivação. Aqui tem muita gente que me
adora e que pede pra que eu continue postando, e é assim que eu fiz por um
tempo, por mais que as postagens fossem feitas a cada duas semanas ou até mais.
Mas aí vieram a droga dos problemas pessoais e acabaram com tudo: vontade de
postar, ideias, inspiração, tudo. Eu chegava no Blogger, às vezes com três
ideias na cabeça, mas minhas mãos não se mexiam. Eu juro que tentei, mas não
consegui.
Então mais uma vez eu me pergunto: qual o propósito da minha
vida? Eu sei que pode parecer bobo, mas pra mim, apenas seguir uma rotina não é
viver. Eu realmente já estou farta disso. Todos os meus objetivos já eram, ou
eu desisti deles ou consegui colocar um basta. Cheguei a tentar viver só de
estudar, nem que fosse não só da escola,mas não deu lá muito certo. Eu sei que
os adultos dizem que, enquanto jovens, nossa obrigação na vida é apenas
estudar. Se minha vida fosse baseada apenas nos estudos, acho que eu preferiria
me suicidar. Além do mais, pra mim, não dá pra viver em torno de uma obrigação.
Então eu parei de me concentrar tanto nisso.
Então cheguei à conclusão que já devia ter chegado há
tempos: estou vivendo a favor dos meus sonhos. Eu sonho em ir pra Paris. Em
estudar moda. Em me formar em um monte de línguas. Em fazer um monte de cursos.
Em me tornar definitivamente independente. Em um monte de coisas. Eu já
consegui realizar alguns dos meus sonhos e por um tempo consegui me contentar
com isso, mas todo mundo sabe que o ser humano tem um dom insuportável de não
se conter apenas com o que tem. Nós sempre queremos mais, sempre vamos querer
ter. Como uma criança que está louca pra andar na montanha-russa, mas quando
finalmente entra, só consegue pensar no próximo brinquedo. Sei que não sou a
única a pensar assim.
Então é isso. Enquanto não posso fazer o que quero, eu
apenas sonho. Sei que minha hora vai chegar. Sei que quando chegar, vou ter
ainda mais sonhos. Mas não vejo isso como desvantagem. Vejo, na verdade, como
uma motivação.
É assim, meus queridos, que eu anuncio: o blog está de
volta. Às vezes a minha não-contentação-constante é insuportável, mas juro que
estou melhorando. Minhas provas acabaram
essa semana e mesmo que eu passe um tempo fora lá pelo dia 20 (mais provas,
pois é), não vai ser tanto quanto dessa vez. Tudo bem? Espero que sim. Em breve (juro) faço uma post decente.
xo,
Becky