Vem cá, leitor, você já ouviu Silva? Já? Não? Ah, tanto faz.
Senta aí que lá vem história. Então, digamos que eu notei que minha vida agora
tá igualzinha a um cilpe do Silva. Do Silva, não do Little Joy. Porque os
clipes do Little Joy são muito cheio de filtro vintage e aventuras demais. Não
que isso seja ruim, eu é que sou assim, natural, sem filtros, e cagona demais
pra qualquer aventura.
Do Arctic Monkeys também não, que eu não bebo, nem fumo, e
nem ligo pra ninguém às 3 da manhã. Do Green Day também não, que eu não mato
DJs nem sou a última garota americana. E mesmo que fosse, eu não vivo numa casa
em meio a um tiroteio. Tá, eu odeio Setembros, mas não quero que me acordem só
quando o mês acabar, né, porfa.
Não, minha vida é um clipe do Silva. Com uma garota com cara
de quem tem personalidade forte no centro, uma maquiagem exótica e um sorriso
enooorme. Um conjunto de imagens espontâneas, risos, caretas, e umas paisagens
bonitinhas também, se der. Cheio de cortes, porque não dá pra mostrar tudo de
bom que acontece.
Minha vida é um clipe do Silva, só que com uma garota
estranha de cabelos loiros no centro. A personalidade forte a gente conserva. A
maquiagem exótica deixa pra lá, que eu não fico bem de delineador colorido. O
sorriso enorme também mantém, é legal.
Cheio de cortes, novamente. Pra não mostrar tudo de bom. As partes ruins
a gente corta. Desnecessário.